Existem duas classificações muito utilizada na Harmonização Facial: a de Fitzpatrick (que divide a pele em 6 fototipos cutâneos que variam de acordo com a quantidade de melanina, com a capacidade de bronzear e/ou queimar quando se expõe ao sol) e a de Glogau. Hoje falaremos sobre esta segunda, que é relacionada o grau de envelhecimento cutâneo
.A classificação GLOGAU, ou a Glogau Wrinkle Scale, no original, foi desenvolvida pelo médico dermatologista Richard G. Glogau, e teve um papel muito importante para a abordagem terapêutica e um dos dos principais critérios para escolher o tipo de tratamento de harmonização orofacial.
A escala estabelece 4 níveis de envelhecimento, os quais definem de maneira ampla quais são as alterações que podem ser vistas nas diferentes fases de desenvolvimento do ser humano, com exposição cumulativa à luz do sol. Sendo assim, a classificação é dividida por idade provável e descreve as principais características de cada uma delas.
Acompanhe a seguir com detalhes sobre cada nível de envelhecimento
Conheça quais os tipos de envelhecimento cutâneo
Podemos classificar os tipos de envelhecimento cutâneo em dois tipos: intrínseco e extrínseco. O primeiro (intrínseco) é conhecido como envelhecimento cronológico, ou seja, está diretamente relacionado com a genética de cada pessoa e é natural. O segundo (extrínseco) é resultado dos hábitos do indivíduo e fatores externos, como: má alimentação, exposição solar, tabagismo e poluição.
Nos fatores intrínsecos, o envelhecimento está relacionado a diminuição da produção de colágeno. Da lista de fatores extrínsecos, a exposição solar é o principal, o qual também podemos nomear de fotoenvelhecimento. Esse fator se inicia a partir do excesso de exposição solar, a qual pode ser acelerada ainda mais com a falta de filtro de proteção. Nesse processo, há perda e degradação do colágeno da pele.
Classificação do GLOGAU: saiba os 4 níveis do envelhecimento
Essas alterações do colágeno são chamadas de base fisiopatológica, a qual dá início ao surgimento de rugas e linhas de expressão na face, além de deixar a pele mais fina e menos elástica. Isso deixa o tecido cutâneo e muscular mais fraco, resultando em flacidez e ptoses da derme (queda da pele).
Com o objetivo de compreender melhor o envelhecimento da pele e contribuir para a decisão do tratamento de cada paciente, foram criadas algumas classificações, sendo que a escala de GLOGAU é a mais utilizada entre os profissionais. Veja as características de cada nível, a seguir:
Nível/Tipo I
Geralmente, surge em pessoas entre 20 a 30 anos. Consiste em uma pele com ausência de rugas ou tem algumas linhas mínimas, e possui um fotoenvelhecimento mais discreto, porém ainda considerado precoce. Os tecidos contam com alguns distúrbios pigmentares leves e com ausência de queratoses (feridas pequenas na pele) ou lentigos senis.
Nível/Tipo II
De modo geral, acomete pessoas dos 30 aos 40 anos. É caracterizado por peles com rugas e fotoenvelhecimento precoce moderado, linhas de expressão iniciais paralelas ao sorriso, queratoses palpáveis (manchas pelo pela exposição solar), mas não visíveis, presença de lentigos senis e telangiectasias iniciais.
Nível/Tipo III
Normalmente, acontece em pessoas entre 50 a 60 anos. A pele conta com rugas de repouso, o fotoenvelhecimento é avançado, as discromias são evidentes, ou seja, a pele não é uniforme e conta com várias manchas, há teleangiectasias (vasinhos visíveis), queratoses visíveis e presença de lentigos senis.
Nível/Tipo IV
Geralmente, afeta pessoas acima de 60 anos. É caracterizado pelo fotoenvelhecimento intenso, diminuição da espessura da derme, pele amarelo-acinzentada (causada pelo aumento da espessura da camada córnea), rugas bem marcadas e em toda a face, e lesões actínicas pré malignas (as quais podem, eventualmente, virar câncer de pele).
Quais as principais causas do envelhecimento cutâneo?
O envelhecimento cutâneo é um processo natural do ser humano e não é possível evitar, apesar de ser possível retardá-lo. Conhecer as principais causas que levam ao envelhecimento precoce da pele contribuirá para auxiliar o paciente durante a consulta e entender o melhor tratamento para cada caso.
Entre as causas do envelhecimento da pele, podemos listar:
- Acúmulo de radicais livres;
- Diminuição da produção de colágeno, ácido hialurônico e elastina;
- Aumento de inflamação;
- Hiperpigmentação;
- Redução da Angiogênese
- Baixa hidratação cutânea
- Dano celular (ou ao DNA da célula).
De modo geral, há tratamentos estéticos para cada um desses problemas, os quais podem prevenir ou amenizar os efeitos do envelhecimento precoce. É recomendado que o tratamento para prevenção desses transtornos se iniciem entre 25 a 30 anos e a Harmonização Facial está aí justamente para retardar estes efeitos em vários dos seus tratamentos.
Principais tratamentos que a Harmonização Facial pode oferecer
Tem coisas que o paciente deve fazer e que não depende diretamente de profissionais, usualmente são medidas preventivas: manter alimentação saudável, usar proteção solar, utilizar vestuários protetores (chapéus, bonés, óculos, etc., para reduzir a exposição solar), evitar tabagismo e alcoolismo;
Eventualmente, alguns tratamento tópicos diários podem ajudar: cosméticos antioxidantes, retinóides e da família dos alfa-hidroxiácidos;
Outros, podem ser tratamento sistêmicos ou orais: antioxidantes, flavonóides, ácido fenólicos e fotoproteção sistêmica.
E para isso, obviamente, o paciente deve ser pro-ativo e consciente que é algo de continuidade. O hábito faz o monge, correto??
Já dentro na harmonização, há uma gama incrível de recursos, alguns curativos, outros preventivos: toxina botulínica, peelings químicos, preenchedores, laser, bioestimuladores de colágeno, fios de PDO e uma variedade incrível de terapêuticas. Mas vou chamar atenção de um que está na moda e é o queridinho da Harmonização Facial:
Bioestimuladores de Colágeno
Os bioestimuladores de colágeno são substâncias que aumentam a produção da proteína na região de aplicação na pele. Existem diferentes substâncias e tecnologias que ajudam nesse aspecto, deixando a pele com um aspecto de rejuvenescimento e naturalidade. O tratamento com os bioestimuladores de colágeno visa, de forma bem generalizada, estimular os fibroblastos, que são células que produzem as fibras colágenas — e deixam a pele firme e elástica.
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São as principais substâncias bioestimuladoras de colágeno:
- Hidroxiapatita de Cálcio – composto de esferas com tamanhos entre 40 e 60 nm associado com carboximetilcelulose, tem uma duração no tecido de aproximadamente 8-10 meses
- Ácido Poli-L-Lático, ou PLLA – composto de fragmentos deste polímero, com tamanhos variados, deve ser preparado previamente à aplicação e tem duração de 12 a 18 meses em tecido
- Policaprolactona, ou PCL – também em esferas com tamanhos de 40 e 60 nm, em uma base também de carboximetilcelulose, mas com uma duração de 1 a 4 anos em tecido.
Cada um com suas propriedades e técnicas de aplicação. E temos ainda um outro medicamento que pode ajudar, apesar de não ser exatamente um bioestimulador de colágeno...
- Ácido Hialurônico injetável – ou os preenchedores faciais, skinbooster, etc. Atuam na retenção de água e é indicado para preenchimento de sulcos, rugas e reduzir ptose dos tecidos faciais com variados graus de flacidez
Lembre-se que não existe a melhor técnica ou a mais recomendada para cada classificação de GLOGAU. O profissional deve levar em consideração a necessidade, histórico de saúde, tipo de pele, disponibilidade e estilo de vida de cada paciente para determinar o melhor tratamento para aquela derme.
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