curso agregados plaquetários autólogos

Porque os Agregados Plaquetários merecem tanto destaque?

Os agregados plaquetários autólogos nasceram na Odontologia. Desde 1997 seu uso em reparação óssea vem sendo incrementado e estudado. Hoje sabe-se que sua aplicabilidade envolve muito mais que isso.

A cicatrização de feridas, a regeneração de tecidos pós-cirúrgicas e hoje seu uso em procedimentos estéticos cirúrgicos e não invasivos tem mostrado notável sucesso. Mas não só sucesso, EFETIVIDADE EXCELENTE A BAIXÍSSIMO CUSTO.

Em um primeiro momento, o agregado mais famoso e que ganhou popularidade foi o plasma rico em plaquetas (PRP). Considerado como sendo de “primeira geração”, este encontrou diversas aplicações médicas até hoje. Já os de “nova geração”, ou também conhecida fibrina rica em plaquetas (PRF), sua aplicação em medicina estética e regenerativa explodiu.

O que tem no sangue?

Em essência, sangue é composto de plasma (55%) e células (45% total, sendo cerca de 1% da série branca, as células de proteção), sendo o plasma consistindo de principalmente água (92%) e várias como proteínas solúveis (como as albuminas), eletrólitos e resíduos metabólicos.

Destes constituintes compostos por proteínas solúveis, o mais notável é o fibrinogênio, uma proteína que faz parte do ciclo da coagulação e que cumpre um papel muito importante no PRF.

Quando ocorre alguma lesão tecidual e/ou vascular, a trombina converte enzimaticamente o fibrinogênio em fibrina insolúvel. Que é a base para que, com a ligação das plaquetas e eritrócitos, um coágulo seja formado.

Agora imagine selecionar somente as plaquetas (e seus fatores de crescimento) com algumas células especificas para reparação e defesa local como os linfócitos e monócitos. Ou então agregar também as proteínas? Voilá. Temos um coágulo turbinado capaz de catalisar a reparação tecidual.

Quais as diferenças entre os Agregados Plaquetários?

Para entender melhor, preparamos uma aula onde tentamos desmistificar o cada um dos componentes do sangue e como utilizá-los para obter os melhores resultados clínicos tanto em Harmonização Facial como na Implantodontia.

Este é o PRF!

Neste processo de seleção somente das partes que nos interessa é separada através de um processo de centrifugação bem específico. Tudo é separado de acordo com a densidade de cada parte. Em resumo, temos os eritrócitos no fundo do tubo, seguida de uma fina camada com a série branca, plaquetas, proteínas e finalmente o plasma.

Introduzido pela primeira vez em 2000 por Joseph Choukroun, O PRF oferece todos os benefícios clínicos do PRP, bem como uma estrutura de fibrina de formação natural e serve como modelo de suporte para a regeneração tecidual e sustenta os fatores de crescimento em suas plaquetas e demais células.

Já que a rede de fibrina é desejada, o processo acontece sem nenhum tipo de aditivo ou medicamento anticoagulante. Isso é uma das vantagens: não tem nada que possa causar uma reação imunogênica eou mesmo transmissão de doenças ao paciente, afinal o que será utilizado é 100% de origem autóloga

É o processo de centrifugação que permite a manipulação do volume do produto e o início da coagulação, e pode produzir duas categorias de PRF:

1. PRF injetável, ou i-PRF, em que a formação de coágulos ocorre em torno 15 minutos pós-centrifugação (considerando uma temperatura na faixa dos 15-20ºC)
2. PRF que tem suas variações em L-PRF, A-PRF, H-PRF etc, e que coagula durante a centrifugação, sendo muito útil como membrana biológica uma uma cola fisiológica

Para que funciona a Fibrina Rica em Plaquetas?

Regeneração Cutânea

O envelhecimento da pele naturalmente perde colágeno, elasticidade e volume. A derme afina e o fibroblasto diminui em número e em função, por tabela reduzindo a produção de colágeno e ácido hialurônico.

Com altas concentrações e liberação lenta dos fatores de crescimento fibroblásticos, quando injetado sob a pele o PRF estimula a formação/ativação dos fibroblastos e, posteriormente, turbina a formação de colágeno, a angiogênese local, todo tipo de ação regenerativa localizada.

Enxertos de gordura

A transferência de gordura autóloga, embora mais invasiva do que os preenchedores de ácido hialurônico, é uma das poucas técnicas que restaura a perda de volume com resultados a longo prazo, muitas vezes com resultados permanentes. Mas existe um problema inerente a técnica que somente pouco mais que a metade das células transferidas sobrevivem e se manterão estáveis de forma permanente.

MAS… quando estas células são associadas ao PRF, este índice de sobrevivência celular aumenta exponencialmente, justamente por fazer com que as células progenitoras transferidas turbinam sua ação e mantêm os resultados positivos, replicando e oferecendo a reparação local dos volumes perdidos.

Cirurgias Plásticas

O maior terror das cirurgias plásticas, faciais ou não, é justamente sua fortes respostas de coagulação e cicatrização tecidual. Com o uso do PRF no sítio cirúrgico (que muitas vezes pode ser chamado de “cola de fibrina”), todos os eritrócitos que mais atrapalham do que ajudam no processo de reparação (eles devem ser “degradados e absorvidos” pelo organismo para que se inicie a cicatrização) saem da jogada, ficando somente a fibrina, leucócitos, células-tronco e fatores de crescimento derivados de plaquetas.

Ou seja, só a parte que interessa à cicatrização das feridas cirúrgicas, e isso se dá de forma mais rápida.

Cicatrização de feridas abertas

Imagine fazer um procedimento de preenchimento e o paciente ter uma sequela na região nasal. Ou então uma ferida devido a diabetes? Uma escara de decúbito. Todas estas feridas se beneficiam e muito do uso de membranas de PRF, oferecendo um substrato adequado à reparação tecidual por segunda intenção, além de células de defesa de primeira linha justamente às áreas mais expostas da ferida.

Mas… Só isso?

Não! As aplicações são vastas. Não chegamos a falar sobre o uso em enxertos ósseos odontológicos, em rinoplastias com enxertos de cartilagem, na reparação tecidual em doenças degenerativas articulares. Os usos são amplos, com base científica sólida e que cada vez mais mostram evidências positivas do uso dos agregados plaquetários.

Se você não utiliza na sua prática clínica, seja em estética facial, seja em odontologia, você está ficando para trás. Aproveite e conheça nosso curso de agregados plaquetários autólogos e também participe do Instituto Velasco Play, nossa comunidade com muitos conteúdos gratuitos para você aprender ainda mais sobre harmonização facial. Tenho certeza que um mundo de oportunidades se abrirá para você.


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Publicado por:
Mestre em Medicina/Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Prótese Dentária, Prótese Bucomaxilofacial e em Harmonização Orofacial. Coordenador de cursos em Implantodontia e Harmonização Orofacial do Instituto Velasco, Diretor do Hospital da Face. Trabalha desde 2011 em harmonização facial.