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Como simplificar a implantologia em caso de pouco osso?

Quando um indivíduo perde um ou mais dentes ocorrem mecanismos de reabsorção óssea, que levam às deficiências ou atresias maxilares, resultando nos defeitos em altura e/ou espessura óssea, na área onde ocorreu a perda dentária. Além dessas alterações ósseas, também ocorrem progressivamente alterações nos tecidos moles de suporte adjacentes.

Isso é ainda mais evidente nos pacientes desdentados totais, ou seja, aqueles que perderam todos os dentes, e que são fortes candidatos a utilizarem dentaduras convencionais, caso não sejam submetidos a cirurgias reconstrutivas prévias às instalações de implantes dentários. Estas alterações evidenciam alguns aspectos de envelhecimento precoce, como por exemplo, colapso do lábio, boca funda, aplanamento do céu da boca, e ainda, alterações nas linhas de expressão facial.

Quais os principais fatores atrelados à perda dentária?

Fatores como as patologias bucais, a cárie dentária, as doenças periodontais, os tratamentos ortodônticos mal sucedidos, traumatismo dento alveolar (ocasionado por pancadas ou acidentes) entre outros, podem levar à perda dentária, e, consequentemente, a uma perda óssea em maior ou menor grau.

Processo de reabsorção óssea

O processo de reabsorção óssea nos maxilares é progressivo, irreversível, crônico e cumulativo. Costuma apresentar uma taxa de reabsorção média de 25% no primeiro ano pós-extração e 0,2 mm a cada ano subsequente. Para a instalação de implantes dentários é necessário que o volume ósseo tenha no mínimo 1 mm a mais que o diâmetro escolhido do implante, desta forma não será necessária a reconstrução óssea.

Avaliação realizada pelo profissional

Antes de se realizar qualquer tipo de planejamento no qual esteja envolvida uma cirurgia reconstrutiva, como a cirurgia de enxerto ósseo, o paciente deve ser submetido a uma criteriosa avaliação composta pelas seguintes etapas:

  1. Avaliação médica geral;
  2. Avaliação clínica do dentista (extrabucal e intrabucal);
  3. Avaliação por imagens (radiográfica e tomográfica);
  4. Diagnóstico;
  5. Plano de tratamento interdisciplinar (com o auxílio de algumas áreas da odontologia, como a implantodontia, a prótese e a cirurgia, por exemplo).

Possibilidade de utilização de técnica menos invasiva – Flapless

A espessura óssea baixa impede o desenvolvimento de implantes, o que torna necessário recorrer a uma preparação antecipada por uma técnica de enxertia ou regeneração óssea guiada. Porém, muitos pacientes não ficam muito entusiasmados com a realização deste tipo de cirurgia reconstrutiva devido à complexidade das intervenções e ao tempo de cicatrização, sem contar as considerações financeiras significativas associadas.

Por isso, a possibilidade de utilização de uma técnica menos invasiva, como a flapless, que possui uma abordagem cirúrgica sem retalho, tem sido apontada como uma ótima opção pela implantodontia.

Através desta técnica, os implantes dentários são instalados sem cortes na gengiva e consequentemente, sem suturas (pontos). Todo o procedimento é realizado em uma só operação, sem local de amostragem e sem exigir a utilização de materiais de enchimento ou de outras membranas.

As principais vantagens desta técnica sem cortes:

  • Menor dose de anestesia;
  • Sangramento reduzido;
  • Cirurgia mais rápida, mais fácil e com menos riscos;
  • Redução do edema (inchaço), hematoma e desconforto pós-operatório;
  • Retorno precoce as atividades diárias (menor tempo de recuperação).

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Publicado por:
Mestre em Medicina/Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Prótese Dentária, Prótese Bucomaxilofacial e em Harmonização Orofacial. Coordenador de cursos em Implantodontia e Harmonização Orofacial do Instituto Velasco, Diretor do Hospital da Face. Trabalha desde 2011 em harmonização facial.
           

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