Mecanismos Multifatoriais do Envelhecimento Cutâneo

Mecanismos Multifatoriais do Envelhecimento Cutâneo

Envelhecemos.

E envelhecemos sabendo qual vai ser o fim de todos. Como disse Benjamin Franklin, um dos últimos grandes polímatas:

Nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos.

Mas isso não quer dizer que você não pode tentar burlar este processo, ainda de forma limitada. É, ao fim e ao cabo, o que a cirurgia plastica faz. A Harmonização facial faz. E todas as disciplinas derivadas destas especialidades.

Mas para isso, entender o que está acontecendo é essencial.  Em especial no seu rosto, que é o core-business aqui do Instituto Velasco.

Então este artigo, baseado no TCC da hoje especialista em Harmonização Orofacial Regilaine Aparecida Miguel vai mergulhar no tema e oferecer um guia completo sobre o assunto.

Mas o legal é que o artigo não fica só na superfície, falando apenas da pele. Ele vai além e aborda o envelhecimento em três ângulos: o muscular, o adiposo e o ósseo. Então, além de falar sobre como a pele perde elasticidade, ele também discute como a gordura se move pelo rosto e como os ossos mudam com o tempo.

Além disso, o texto também fala sobre o que ajuda a retardar o envelhecimento, como o colágeno e a elastina, e o que acelera, como os radicais livres. Ou seja, é um apanhado bem completo que aborda o Yin e Yang do envelhecimento.

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O envelhecimento acontece como um dominó…

O envelhecimento facial é um fenômeno complexo e tridimensional que envolve mudanças em várias camadas da face, incluindo ossos, tecidos moles e pele. Cada uma dessas camadas anatômicas passa por seu próprio processo de envelhecimento. Além disso, as camadas superficiais são afetadas pelas mudanças nas camadas mais profundas, criando um efeito cascata de alterações em toda a estrutura facial.

O padrão de envelhecimento facial é geralmente consistente entre indivíduos, independentemente de gênero ou origem étnica. No entanto, fatores como remodelação óssea, danos causados pelo sol, desenvolvimento de rugas e redistribuição de tecidos moles podem variar entre diferentes grupos étnicos e raciais.

Ossos

Estudos mostram que a remodelação óssea ocorre de forma progressiva e previsível com o avanço da idade. Por exemplo, o ângulo da mandíbula tende a aumentar em mulheres, assim como a projeção anterior do queixo. Imagens comparativas entre uma mulher jovem e uma mais velha ilustram essas mudanças, especialmente no que diz respeito à remodelação óssea da mandíbula.

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remodelação óssea progressiva ocorre com a idade em áreas que são reabsorvidas de maneira específica e previsível. O ângulo mandibular nas mulheres aumenta, assim como a projeção anterior do queixo.
As imagens mostram esse processo em uma mulher jovem (A) versus um adulto mais velho (B). O painel C mostra a apresentação clínica durante a idade adulta jovem nesta paciente aos 22 anos de idade, enquanto o painel D reflete as alterações secundárias à remodelação óssea da mandíbula com o envelhecimento na mesma paciente aos 70 anos de idade. As linhas tracejadas representam áreas do queixo e mandíbula visivelmente impactadas pela remodelação óssea da mandíbula.

 

Gordura

A reabsorção óssea na área orbital também é um fenômeno observado, principalmente nas regiões inferolateral e superomedial da órbita. Isso afeta a aparência da face, incluindo a posição das sobrancelhas e o formato dos olhos.

Os compartimentos de gordura facial podem ser categorizados como superficiais ou profundos. Os compartimentos superficiais são separados por membranas e ligamentos e variam em termos de quantidade e disposição em diferentes áreas da face. Os compartimentos profundos incluem várias subáreas, como a gordura retro-orbicular do olho e a gordura bucal.

Com o tempo, esses compartimentos de gordura se reposicionam devido a mudanças ósseas e ao afrouxamento dos ligamentos. Isso resulta em alterações visíveis, como a redistribuição da gordura na região submentual da papada e em outros sulcos faciais.

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Os compartimentos de gordura na face são amplamente caracterizados como superficiais (A) ou profundos (B). Os compartimentos de gordura superficial (A) são separados por fáscias e septos que se encontram em compartimentos adjacentes, onde residem os ligamentos retentores, sendo cada componente encontrado em quantidades, proporções e arranjos variados em diferentes regiões da face. Os compartimentos de gordura profunda (B) compreendem a gordura retro-orbicular do olho, a gordura suborbicular do olho lateral e medial, a gordura bucal e a gordura medial profunda da bochecha, que possui partes medial e lateral.

 

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A reabsorção óssea orbital ocorre principalmente nas regiões inferolateral e superomedial. As imagens mostram a integridade do coxim adiposo medial da bochecha, osso periorbital, sobrancelha medial e junção pálpebra-bochecha em um adulto jovem (A) versus as alterações relacionadas à idade em um adulto mais velho (B), incluindo exagero da sobrancelha e intensas depressões, bem como olhos menores e redondos.

Músculo

As contrações musculares frequentes e a tensão na pele contribuem para o desenvolvimento de rugas dinâmicas, que se tornam mais permanentes com o tempo devido à perda de elasticidade da pele. A utilização de neuromoduladores para inibir essas contrações musculares é uma estratégia comum em tratamentos antienvelhecimento para suavizar essas rugas. Com o envelhecimento, a pele ao redor da boca, por exemplo, se deteriora mais rapidamente do que a força muscular, fazendo com que os músculos orais sobrecarreguem a pele circundante.

Pele

Tanto fatores intrínsecos quanto extrínsecos desempenham papéis cruciais no envelhecimento da pele. O envelhecimento intrínseco ocorre naturalmente com o passar do tempo e varia entre os indivíduos. Fatores ambientais como exposição ao sol e tabagismo são influências extrínsecas significativas. Além disso, a poluição do ar também tem sido associada ao envelhecimento da pele. A pele que envelhece intrinsecamente tende a desenvolver rugas mais finas e uma distribuição uniforme de manchas pigmentadas, enquanto a pele que envelhece extrinsecamente apresenta rugas mais profundas, textura áspera, secura e outros sinais como telangiectasia e descoloração amarelada.

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Na imagem acima vemos a discórdia dinâmica perioral é ilustrada através dos tempos.
Com o envelhecimento, o invólucro da pela se deteriora mais rapidamente do que a força muscular, levando o orbicular da boca a sobrecarregar a pele perioral.

Derme

A derme, como a epiderme, também sofre alterações com o envelhecimento. Há uma diminuição na vascularização e na celularidade, o que torna a pele mais vulnerável. Com o avanço da idade, há uma redução no número de fibroblastos e nos produtos que eles sintetizam, como componentes da matriz extracelular. Em contrapartida, a exposição ao sol pode levar ao acúmulo de fibras elásticas disfuncionais, afetando a integridade da derme e resultando em rigidez e menor elasticidade.

Conexão Cérebro-Pele e Estrutura da Pele

A relação entre o cérebro e a pele é um campo interdisciplinar que engloba várias áreas de estudo, incluindo psicologia, endocrinologia, neurobiologia da pele, inflamação da pele, imunologia e farmacologia. Essa conexão destaca como o estresse e outros fatores psicológicos podem ter um impacto direto na saúde e aparência da pele.

Estrutura e Função da Pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha funções críticas como barreira e sistema imunológico, mantendo um equilíbrio entre o ambiente externo e os tecidos internos. Ela é composta principalmente por duas camadas: a epiderme e a derme.

  • Epiderme: Esta é a camada mais externa da pele e está em constante renovação. Os queratinócitos basais proliferam e se diferenciam à medida que se movem em direção à superfície da pele. A camada mais externa da epiderme, conhecida como estrato córneo, é composta por células mortas e achatadas (corneócitos) imersas em uma matriz lipídica. Estas células contêm filamentos de queratina e estão ligadas a uma estrutura periférica composta por proteínas reticuladas.
  • Derme: Esta camada é composta por fibroblastos e uma matriz extracelular que fornece elasticidade e resistência à pele.

A epiderme evoluiu para funcionar como uma barreira contra o ambiente externo e também para manter a hidratação da pele. Ela é composta por vários tipos de células, incluindo células de Langerhans, que são responsáveis pela vigilância imunológica; melanócitos, que contribuem para a pigmentação da pele; células de Merkel, envolvidas na sensação mecânica; e queratinócitos, que compõem a grande maioria das células da epiderme e são cruciais para a função de barreira da pele.

Fatores Extrínsecos e Intrínsecos do Envelhecimento da Pele

Segundo Rinnerthaler, M.; Richier, K., et al (2.015) o estresse oxidativo na pele desempenha um papel importante no processo de envelhecimento. Isso é verdade para o envelhecimento intrínseco e ainda mais para o envelhecimento extrínseco. Embora os resultados sejam bastante diferentes na derme e na epiderme, o envelhecimento extrínseco é causado em grande parte pelo estresse oxidativo causado pela irradiação UV.

No ano de 2.015 os Autores acima citados mostraram a pesquisa feita por Denham Harman em 1.956, que propôs que as espécies reativas de oxigênio (ROS) se acumulam ao longo do tempo e são os principais contribuintes para o processo de envelhecimento. Este conceito foi ampliado 16 anos depois pelo próprio Harman ao identificar as mitocôndrias como a principal fonte de ROS, formando a base para a teoria dos radicais livres mitocondriais do envelhecimento.

Os fatores antioxidantes se encontram na epiderme com uma concentração máxima no estrato córneo (Boismal, F. et al, 2.020).

Esse é o estágio final da diferenciação dos queratinócitos. O envelhecimento juntamente com a remoção de mitocôndrias danificadas por meio da autofagia é um processo chamado de mitofagia, aumentando a concentração local de ROS e intensificando a diferenciação na alteração de queratinócitos, diminuindo a produção de antioxidantes e acelerando o envelhecimento da epiderme e outros compartimentos da pele. O envelhecimento da pele induzido por ROS pode ser diminuído por filtros físicos, como micropartículas de óxido de zinco e óxido de titânio, e por suplementos com funções antioxidantes, incluindo vitaminas A, E e C, coenzima Q10 e ácido alfa-lipóico

Os radicais livres são moléculas de oxigênio com um número ímpar de elétrons que retiram elétrons de outros componentes. Consequentemente, essas moléculas são altamente reativas e danificam estruturas celulares, como membranas celulares e DNA, resultando em morte celular ou mutações e envelhecimento celular (Zargaran, D.; Mosahebi, A. et al, 2.02216).

A teoria dos radicais livres do envelhecimento é verdadeira em qualquer órgão do corpo humano, incluindo e especialmente a pele. Não apenas a carga de ROS neste órgão é maior do que em qualquer outro órgão, mas em muitos casos pode ser encontrada uma clara correlação entre as ROS provenientes de insultos externos e internos e um efeito pró-envelhecimento. Uma característica desse órgão também é o fato de que o envelhecimento extrínseco é pelo menos tão importante quanto o envelhecimento intrínseco.

Os radicais livres são espécies químicas instáveis altamente reativas, sendo formadas por entidades celulares de diferentes tecidos. O aumento da produção dessas espécies sem a ação efetiva dos sistemas antioxidantes endógenos e exógenos gera um quadro de estresse oxidativo, potencialmente provedor de desordens cutâneas que causam desde prejuízos funcionais (câncer de pele, dermatites, processos inflamatórios crônicos e agudos) até de caráter estético, com a destruição de proteínas estruturais e alterações celulares com aparecimento de manchas, marcas e linhas de expressões e outros sinais inerentes ao processo de envelhecimento intrínseco e extrínseco da pele. Os antioxidantes são substâncias químicas comumente utilizadas na prática clínica para aplicação tópica e podem contribuir no combate às espécies radicais responsáveis por diversos danos à pele (Monteiro e Silva et al, 201717).

Tanto para o envelhecimento intrínseco quanto para o extrínseco, ocorre a ruptura da matriz extracelular da derme, resultando em diminuição do colágeno, do ácido hialurônico e das fibras elásticas, formando as rugas finas.

No curso do envelhecimento intrínseco, o colágeno e as fibras elásticas permanecem intactos, mas estão mais distantes, formando uma rede mais ampla. Durante o envelhecimento extrínseco, a pele perde drasticamente colágeno I, III e VII. As longas fibrilas de colágeno, fibras elásticas, glicoproteínas e glicosaminoglicanos não estão mais entrelaçadas para formar uma rede funcional, mas formam uma aglomeração desorganizada espalhada pela derme (Rinnerthaler, M.; Richier, K., et al, 20151).

De acordo com os Autores a pele está na interface entre o corpo e o meio ambiente e, portanto, está em contato constante com poluentes, xenobióticos e irradiação UV. Esses fatores exógenos representam o principal contribuinte para a formação de ROS na pele humana, sendo, portanto, muito específicos para esse órgão. Todos esses fatores são resumidos sob o termo ROS exógenos. Além disso, acredita-se que a ingestão de álcool, nutrição inadequada e estresse fisiológico e mecânico contribuem para esse tipo de produção de ROS mediada exógena. Além disso, a pele também é um dos poucos órgãos que estão em contato direto com o oxigênio atmosférico.

Como se disse o envelhecimento “extrínseco” está ligado a múltiplos fatores ambientais, que são atualmente identificados sob o termo “expossoma”. Esses fatores, que dependem do comportamento individual, podem ser alvos de prevenção do envelhecimento. Um desses fatores ambientais diz respeito à radiação eletromagnética e, mais particularmente, à radiação ultravioleta (UV). Estes podem, de fato, induzir mutações no DNA e modificar a expressão de genes, mas também estimulam a expressão de metaloproteinases (MMP), as enzimas que degradam a MEC e o colágeno. A luz visível e infravermelha, assim como o calor, também podem acelerar o envelhecimento da pele. Somam-se a isso, como já se falou, os efeitos da poluição ambiental e do fumo.

Na pele intrinsecamente envelhecida, as alterações histológicas ocorrem dentro da camada de células basais devido às influências internas que produzem flacidez cutânea, adelgaçamento da pele, enquanto na pele envelhecida extrinsecamente exposta ao sol devido devido ao acúmulo de tecido elástico anormal na derme média e profunda, a elastose solar ou radiação UV (Chaudhary, M. et al, 202011).

O envelhecimento intrínseco é caracterizado por pele mais lisa, mais seca e menos elástica com rugas finas. O envelhecimento extrínseco afeta principalmente a face e o pescoço devido ao fotoenvelhecimento, além da influência de pró-oxidantes e antioxidantes na renovação celular via modificadores da resposta biológica, que estimula as células normais a produzir mediadores que melhoram a capacidade do sistema imunológico frente a um agente agressor (Chaudhary, M. et al, 202011).

Dado o papel proeminente dos fatores ambientais no envelhecimento da pele, que impactam diretamente a epiderme, o envelhecimento extrínseco da pele foi interpretado por muito tempo como um mecanismo outside‒inside, ou seja, danos impostos ao compartimento epidérmico. Hoje sabe-se que os danos não se manifestam apenas como envelhecimento epidérmico mas também em cascata, levando ao envelhecimento dérmico (Krutmann, J., et al, 202012).

Ainda: os Autores retro mencionados identificaram que a fumaça do cigarro é outro fator expositivo que contribui para o envelhecimento extrínseco da pele. O principal efeito de envelhecimento da pele causado pela fumaça do cigarro é o enrugamento da pele, particularmente ao redor da boca, pálpebra inferior e a lateral dos olhos (músculo orbicular).

De acordo com os mesmos Autores os efeitos na saúde induzidos pela poluição do ar são relevantes para a pigmentação da pele e os traços relacionados ao envelhecimento da pele, bem como para a formação de rugas. O conhecimento atual é consistente com o conceito de que os traços de envelhecimento da pele associados à pigmentação (por exemplo, lentigos) estão principalmente relacionados à exposição à PM (partículas menores), como, por exemplo, as partículas de exaustão de combustível.

Também no estudo feito por Zargaran, D. et al16 mostrou-se que o envelhecimento é determinado por fatores intrínsecos e extrínsecos, como diminuição dos níveis hormonais, menor capacidade de reparo do ácido desoxirribonucléico (DNA), acúmulo de mutações no DNA causadas por radicais livres ou radiação ultravioleta (UV) e fatores ambientais adicionais, como poluição do ar, desnutrição e tabagismo.

Em humanos, pode-se dizer que o envelhecimento da pele está relacionado ao estilo de vida pessoal. Sabe-se e como se disse, por exemplo, que o tabagismo ou a exposição excessiva à radiação solar e à baixa umidade do ar provocam o aparecimento de rugas. Além disso, a má alimentação e o consumo excessivo de álcool, bem como algumas doenças como o diabetes mellitus, aceleram significativamente o envelhecimento prematuro da pele (Monteiro e Silva, S. et al, 201717).

Para a pele intrinsecamente envelhecida, as mudanças histológicas mais marcantes ocorrem dentro da camada de células basais. A pesquisa descobriu que, à medida que a pessoa envelhece, a proliferação de células na camada basal diminui. A epiderme então torna-se mais fina e a área de superfície de contato entre a derme e a epiderme diminui, resultando em uma superfície de troca menor para o suprimento de nutrição para a epiderme e ainda mais enfraquecida a capacidade de proliferação de células basais. Esse processo de diminuição da capacidade proliferativa de células, incluindo queratinócitos, fibroblastos e melanócitos, é chamado de senescência celular (Zhang, S. e Duan, E., 20184).

Ainda na revisão de literatura dos Autores Zhang, S. e Duan, E.4, consta que a derme da pele envelhecida apresenta não apenas menos mastócitos e fibroblastos do que a pele jovem fotoprotegida, mas também fibras colágenas rarefeitas e fibras elásticas. É relatado que a produção de procolágeno tipo I na pele humana intrinsecamente envelhecida é provavelmente reduzida devido à regulação negativa da sinalização TGF-β/Smad, e seu fator de crescimento do tecido conjuntivo, que é considerado um regulador da expressão do colágeno. Além disso, evidências sustentam que na pele envelhecida intrinsecamente, não apenas os componentes fibrosos da matriz extracelular, incluindo elastina, fibrilina e colágeno, mas também os oligossacarídeos são degenerados, o que, por sua vez, influencia a capacidade da pele de reter a água.

É questão unânime que a exposição solar também leva ao envelhecimento cutâneo. A exposição à radiação UV é o principal fator de envelhecimento extrínseco da pele, respondendo por 80% do envelhecimento facial. Em contraste com a epiderme mais fina na pele intrinsecamente envelhecida, a epiderme irradiada por UV aumenta sua espessura. Sendo a camada mais externa da epiderme, o estrato córneo é o mais afetado devido à falha na degradação dos desmossomos dos corneócitos, levando ao espessamento desta camada. A expressão do marcador de diferenciação involucrina (componente comum do estrato córneo, proporciona um esqueleto ao qual outras proteínas subsequentemente se tornam reticuladas; na estrutura do envelope corneificado, a involucrina é adjacente à membrana celular e forma sua superfície exterior), no estrato córneo está aumentada, o que está de acordo com o fato de que o processo de diferenciação dos queratinócitos epidérmicos é prejudicado pela irradiação UV.

Segundo Krutmann, J. et al12 os raios UVB, que só podem penetrar na epiderme, causam aumento da produção de metaloproteinase de matriz (MMP)-1 pelos queratinócitos epidérmicos (KCs), que se difunde para a derme onde decompõe o colágeno, contribuindo para o envelhecimento dérmico. Esse modelo, no entanto, não concilia totalmente que o envelhecimento da pele é um processo crônico. A maior parte do dano epidérmico causado por estressores ambientais não persiste, mas é de natureza transitória devido às capacidades de auto-renovação do compartimento epidérmico e, portanto, não pode explicar completamente o envelhecimento da pele como um processo crônico.

Também foi reconhecido que os comprimentos de onda presentes na luz solar natural, além do espectro UV, também contribuem para o envelhecimento da pele. A parte da luz azul da luz visível afeta claramente a pigmentação da pele (revisado em Krutmann e outros, 201712).

Fotoenvelhecimento é o envelhecimento prematuro da pele devido à irradiação UV como um dos principais estressores extrínsecos (Chen, Y. e Lyga, J., 201413).

A irradiação UV é um dos principais estimulantes do eixo HPA (eixo hipotálamo-pituitária-adrenal) da pele. Induz a expressão de CRH (hormônio regulador de corticotrofina), peptídeos POMC, ACTH, cortisol e β-endorfina. Considerando que a pele está sob estresse UV diário, a ativação repetida do eixo HPA pode ter efeitos prejudiciais à pele. A terapia de longo prazo com glicocorticóides (GC) para o tratamento de doenças inflamatórias da pele tem efeito colateral de atrofia grave da pele, incluindo diminuição da espessura epidérmica, junção derme-epidérmica plana, número reduzido de fibroblastos e ruptura da rede fibrosa dérmica, que também são características do envelhecimento da pele. Várias proteínas da matriz extracelular são impactadas negativamente pelo GC, incluindo colágeno I, colágeno III, proteoglicanos e elastina (Chen, Y. e Lyga, J., 201413).

Neste estudo mostrou-se que o encurtamento dos telômeros surgiu como outro possível mecanismo celular que liga o estresse psicológico crônico ao envelhecimento. Os telômeros são repetições de DNA nas extremidades dos cromossomos e encurtam a cada divisão celular, levando eventualmente à senescência replicativa e ao envelhecimento celular prematuro. Várias situações de estresse crônico têm sido associadas ao comprimento mais curto dos telômeros.

Os fatores de envelhecimento também podem ser classificados como exógenos ou endógenos. Como a exposição à radiação ultravioleta (UV) está fortemente associada a uma série de doenças de pele relacionadas à idade, os fatores endógenos e exógenos podem, teoricamente, ser estudados de forma independente na pele, diferenciando entre os locais protegidos por UV e os expostos a UV. A pele envelhecida endogenamente exibe características morfológicas com alterações resultantes na funcionalidade.

Estes incluem atrofia epidérmica, dérmica e da matriz extracelular, levando ao aumento da fragilidade, diminuição do colágeno e elastina, resultando na formação de rugas finas e alterações vasculares marcantes que interrompem a termorregulação e o suprimento de nutrientes. A pele envelhecida endogenamente também exibe diminuição da atividade mitótica, resultando em cicatrização retardada de feridas, bem como diminuição da função glandular, resultando em reepitelização perturbada de feridas cutâneas profundas. Também é observada uma redução de melanócitos e células de Langerhans, manifestando-se como cabelos grisalhos e taxas mais altas de infecção, respectivamente. Além disso, a pele envelhecida exogenamente exibe epiderme espessada e agregação de fibras elásticas anormais na derme (ou seja, elastose solar) (Nguyen, H. P. e Kappa, R., 201514).
De acordo com Monteiro e Silva, S. A. et al, 201717, a irradiação UVB é a mais relacionada ao desenvolvimento do Carcinoma Espinocelular (CEC). O DNA absorve a radiação UVB, levando à multiplicação na transcrição das cadeias de DNA. A irradiação UVB é responsável pela iniciação do tumor, enquanto a UVA gera a promoção do tumor. Comparado ao UVB, o UVA gera mais estresse oxidativo, sendo o principal responsável pela peroxidação lipídica. Além de causar alterações no DNA, a irradiação UVA também é capaz de inibir o reparo do DNA. A irradiação UVA também afeta as camadas mais profundas da pele, enquanto a irradiação UVB atinge apenas a epiderme.

O fotoenvelhecimento da pele exposta aos raios UV depende do tipo de pele e apresenta diferentes características. Na pele, segundo a classificação de Fitzpatrick tipo I e II, existe uma epiderme atrófica com alto potencial de desenvolver malignidades cutâneas. Os tipos de pele III-V demonstram espessamento com altos níveis de glicosaminoglicanos (Zargaran, D. et al, 202216).

A radiação UV, especialmente UVA e UVB, resulta na produção de ROS. A degradação é significativamente acelerada devido ao processo chamado de Turnover ECM (Rinnerthaler, N. et al, 20151).

A radiação UVA penetra na derme e danifica tanto a epiderme quanto a derme, enquanto a radiação UVB é predominantemente absorvida pela epiderme. A radiação UV danifica o DNA em queratinócitos e melanócitos e induz a produção do fator epidérmico solúvel (ESF) e enzimas proteolíticas. A radiação UVB ativa as MMPs Imatriz metaloproteinases) e induz dímeros de timidina, que causam um acúmulo de mutações, e a radiação UVA produz ROS (Zargaran, D. et al, 202216).

Além do envelhecimento, é bem conhecido que a radiação UV induz mutações no supressor de tumor p53, levando a ceratose actínica em uma primeira etapa, que pode evoluir para câncer de pele. A radiação UV da pele também leva à expressão e secreção de IGF-1 em fibroblastos dérmicos, que por sua vez estimulam o receptor de IGF-1 epidérmico (IGF-1R) em queratinócitos. Após a ativação do IGF-1R, os queratinócitos tornam-se mais resistentes à radiação UVB e não sofrem apoptose, mas interrompem o ciclo celular com o efeito colateral de se tornarem senescentes. A perda de IGF-1 na pele envelhecida leva a uma maior taxa de apoptose, mas as células sobreviventes não se tornam senescentes, o que contribui juntamente com o estresse oxidativo para um aumento na formação de carcinomas espinocelulares e epiteliomas basocelulares na pele envelhecida.

Uma das “ferramentas” mais poderosas de uma célula contra uma transformação tumoral é a senescência. Uma ativação do programa de senescência leva a uma parada irreversível do ciclo celular na fase G 1. Queratinócitos e melanócitos, bem como fibroblastos, podem se tornar senescentes. A beta-galactosidase associada à senescência, é encontrada cada vez mais em tecidos envelhecidos e pele envelhecida. A radiação UV induz massivamente a senescência prematura e pode, desta forma, contribuir para o envelhecimento e fotoenvelhecimento da pele.

As células senescentes permanecem vivas, mas começam a mudar seu comportamento. Elas desenvolvem um secretoma muito específico, resumido como o “fenótipo secretor associado à senescência”. Na derme, fibroblastos senescentes também ativam metaloproteinases de matriz e expressam menos inibidores de metaloproteinases de matriz e componentes de matriz extracelular como o colágeno. Finalmente, as células senescentes da pele morrem por um mecanismo que é descrito como apoptose ou morte celular programada (autofagia). A senescência é iniciada após incidências dramáticas como danos graves ao DNA, encurtamento crítico dos telômeros, estresse oxidativo e RAS oncogênico hiperativo (Rinnerthaler, M., et al, 20151).

No que se refere à síntese hormonal, sabe-se que de acordo com o envelhecimento há diminuição da síntese de colágeno, alterando a espessura, a hidratação e a função de barreira epidérmica. O adelgaçamento da epiderme está associado à esteatose, ou perda da função de barreira (Lowry, W., 202020).

Acredita-se que o adelgaçamento da derme se deva à perda da secreção de colágeno pelos fibroblastos dérmicos. Devido ao fato de a derme representar uma grande porção da espessura total da pele, o adelgaçamento da derme é responsável por grandes alterações morfológicas na pele, incluindo rugas (Lowry, W., 202020).

A síntese hormonal e os níveis de hormônios circulantes diminuem com a idade, o que afeta o metabolismo celular e interage com a expressão gênica e a síntese proteica. Os níveis de hormônios sexuais desempenham um papel fundamental no processo de envelhecimento acelerado, bem como níveis decrescentes de melatonina, cortisol, tiroxina, hormônio do crescimento, fator de crescimento semelhante à insulina, vitamina D 1-25 di-hidroxi e menos receptores de interleucina e beta-adrenalina estão envolvidos. O estrogênio é crucial para a integridade da pele e estimula o reparo do DNA. A terapia com estrogênio estimula a síntese de colágeno, retarda sua degradação e, consequentemente, pode reduzir o afinamento da pele, ajudando a manter a hidratação da pele. No período pós-menopausa, estrogênios tópicos, fitoestrogênios ou moduladores seletivos de receptores de estrogênio podem contribuir para a melhora da saúde da pele (Zargaran, D. et al, 202216).

A perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos, sobretudo sódio e potássio, causa o desenvolvimento de rugas na derme, devido à queda de 1% ao ano da síntese de colágeno e elastina, levando à desorganização no tecido conjuntivo.

Em termos do ciclo vigília-sono (ciclo circadiano), sabe-se que muitas características importantes da biologia celular na pele variam com o ciclo claro-escuro, como proliferação, formação de barreira, reparo de danos ao DNA (Lowry, W., 202020).

Os grupos de Benitah-Aznar e Anderson foram os primeiros a mostrar que a interrupção do ritmo circadiano na epiderme é suficiente para levar ao envelhecimento prematuro, que se manifesta como uma interrupção do ciclo capilar e afinamento epidérmico (Lowry, W., 202020).

Wang, Z., et al, 202015 demonstraram que os níveis de fator de crescimento epidérmico diminuíram em paralelo com um declínio na proliferação de queratinócitos na epiderme envelhecida, enquanto a apoptose de queratinócitos aumentou, levando a reduções na espessura da epiderme e do estrato córneo. A pele envelhecida manifesta uma elevação no pH da superfície em comparação com a pele jovem. O pH elevado do estrato córneo da pele envelhecida provavelmente contribui para o atraso na recuperação da barreira de permeabilidade.

Os mecanismos subjacentes à hidratação reduzida do estrato córneo na pele envelhecida podem ser atribuídos ao conteúdo reduzido de umectantes naturais na pele. Em primeiro lugar, o conteúdo lipídico diminui no estrato córneo da pele envelhecida. Entre esses lipídios do estrato córneo, as ceramidas exibem propriedades de retenção de água. Estudos anteriores demonstraram que a administração oral ou tópica de ceramidas pode aumentar a hidratação do estrato córneo (Wang, Z., et al, 202015).

Considerando um fator que acelera o processo do envelhecimento, a glicação emergiu nos últimos anos como um dos processos mais amplamente estudados. Glicação refere-se ao processo não enzimático de proteínas, lipídios ou ácidos nucleicos que se ligam covalentemente a moléculas de açúcar, geralmente glicose ou frutose. A elastina modificada por CML (N-carboximetilisina) é encontrada principalmente em locais de elastose solar e está quase ausente na pele protegida do sol. Isso sugere que a radiação UV pode mediar a formação de AGE (produtos avançadas da glicação) em alguma capacidade ou, pelo menos, tornar as células mais sensíveis a estímulos externos (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

A função celular geral pode ser comprometida na presença de altas concentrações de AGEs. In vitro, os fibroblastos dérmicos humanos exibem taxas mais altas de senescência prematura e apoptose, o que provavelmente explica a diminuição da síntese de colágeno e proteína da matriz extracelular observada tanto em cultura de células quanto em biópsias de pele envelhecida. Da mesma forma, queratinócitos expostos a AGEs expressam níveis aumentados de mediadores pró-inflamatórios, sofrem de diminuição da mobilidade e também sofrem senescência prematura na presença de AGEs (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

O envelhecimento do Tecido Adiposo

Os estudos do tecido adiposo revisados por Kruglikov, I.L., et al, 201618, mostram que o tecido adiposo branco dérmico (dWAT) é cada vez mais apreciado como um depósito especial de gordura. Os adipócitos neste depósito exercem uma variedade de efeitos únicos nas células circundantes e podem sofrer grandes mudanças fenotípicas. Modulação significativa do conteúdo de dWAT pode ser observada tanto na pele intrinsecamente quanto extrinsecamente envelhecida. Especificamente, a pele cronicamente fotodanificada apresenta uma redução do volume dWAT, causada pela substituição de adipócitos por estruturas fibróticas. É provável que isso seja causado por um processo recentemente descoberto, descrito como “transição adipócitos-miofibroblastos” (AMT). Além disso, as contribuições dos adipócitos dérmicos para os processos de envelhecimento da pele também são indiretamente apoiadas por correlações espaciais entre a prevalência de cicatrizes hipertróficas e o aparecimento de sinais de envelhecimento da pele em diferentes grupos étnicos.

Porém, segundo Kruglikov, I. L. e Scherer, P.E., 201618, as teorias existentes sobre o envelhecimento da pele excluem quase completamente o envolvimento de quaisquer componentes do tecido adiposo. A razão para omitir o tecido adiposo da equação está relacionada à baixa profundidade de penetração da UVR na pele humana. A penetração das ondas de luz na pele está inversamente relacionada ao seu comprimento de onda. A UVR é tradicionalmente subdividida em três classes – UVA (320-400 nm), UVB (280-320 nm) e UVC (100-280 nm). A UVA tem a maior profundidade de penetração e a UVC a menor.

O DWAT também pode ser modulado indiretamente por meio da modificação do conteúdo de ácido hialurônico (HA) na pele. O HA é expresso durante a diferenciação dos adipócitos (Kruglikov, I. L. e Scherer, P.E., 201618).

A modificação do dWAT causada pelo envelhecimento extrínseco ou intrínseco pode influenciar a função dos fibroblastos e, assim, induzir as alterações na estrutura da derme. Os adipócitos aumentados suprimem significativamente a atividade sintética dos fibroblastos, enquanto os adipócitos pequenos não demonstram tais efeitos. Consequentemente, não apenas o envelhecimento cronológico ou fotoinduzido, mas também a expansão local do tecido adiposo adjacente pode induzir uma degradação relativamente rápida das fibras elásticas na derme, que em condições normais pode persistir por muitas décadas (Kruglikov, I. L. e Scherer, P.E., 201618).

Dados emergentes conectam o processo de envelhecimento em fibroblastos dérmicos com a reprogramação metabólica, fornecida pelo aumento da oxidação de ácidos graxos e redução da glicólise. Essa mudança pode ser causada por uma expansão significativa da camada de tecido adiposo branco dérmico (dWAT) na pele envelhecida e coberta de pelos. Os adipócitos dérmicos passam por desdiferenciação e rediferenciação. Como resultado, há uma liberação fortemente aumentada de ácidos graxos livres no espaço extracelular durante a desdiferenciação dos adipócitos dérmicos na fase catágena (final da fase do crescimento) do ciclo do folículo piloso (Kruglikov,I L. et al, 202118).

O metabolismo dos fibroblastos dérmicos sofre uma programação devido à liberação de alguns fatores do tecido adiposo. A matriz celular sofre uma forte redução na sua produção devido ao aumento dos fibroblatos dérmicos, intensificando a oxidação de ácidos graxos e glicólise.

De acordo com Boisman, F. et al, 20203, o processo fisiológico de cicatrização ocorre em três fases: inflamação com produção de citocinas que ativam a diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos; proliferação de fibroblastos com migração para o local da lesão; e remodelação da matriz extracelular (MEC). Durante a fase de proliferação, forma-se um tecido de granulação, com produção de MEC, causando o início da contração. A contração é uma parte importante desta fase de cicatrização porque permite o fechamento da ferida pela tração das bordas da lesão: envolve então forças biomecânicas efetivas.

O envelhecimento molecular é responsável por uma perda progressiva das propriedades mecânicas da pele. O colágeno torna-se assim mais rígido, sob efeito da reação de glicação, processo que também reduz as propriedades elásticas da elastina. A análise do colágeno tipo I glicado, por microscopia eletrônica, mostrou de fato um espessamento e um diâmetro irregular das fibras colágenas, levando a uma desorganização da rede fibrilar. A glicação também é responsável por uma diminuição nas interações entre o colágeno e os proteoglicanos, outros constituintes da MEC, que interrompem a adesão e a migração das células vizinhas. Após uma lesão na pele envelhecida, a alteração biomecânica da MEC participará de anormalidades na migração de fibroblastos em direção ao local da lesão (Boisman, F. et al, 20203).

 

Unindo as pontas…

As alterações da pele relacionadas à idade, estresse oxidativo, radiação UVR, processo de glicação, produção do ROS são, entre outros, tópicos importantes desta discussão.

O estresse oxidativo acelera o processo de envelhecimento natural do corpo: “Antecipa e promove a formação de rugas, degradação do colágeno e a perda da qualidade da pele” (Rinnerthaler, M., et al, 20151).

A teoria de que os radicais livres estão envolvidos no processo de envelhecimento da pele tem sido estudada. O acúmulo de produtos de reações oxidativas pode estar envolvido no processo de envelhecimento. Muitas enzimas são ativadas quando a pele é exposta à radiação UV, levando indiretamente à produção de ROS, que geram estresse oxidativo. A quantificação de moléculas antioxidantes demonstrou diminuição dessas moléculas na pele envelhecida, sugerindo a ocorrência de diminuição do sistema antioxidante. Antioxidantes são compostos que inibem ou bloqueiam o processo de formação de radicais livres, devendo ser oxidados primeiro que o agente protegido (Monteiro e Silva, S.A., 201717).

Espécies Reativas de Oxigênio (EROs ou ROS) são subprodutos metabólicos tóxicos que podem desencadear diversas patologias como o câncer. No entanto, as EROs são importantes em baixas concentrações – ou em níveis ótimos – na manutenção do equilíbrio celular (Rinnerthaler, M., et al, 20151).

Rinnerthaler, M., et al, 20151, mostram em seus estudos que a mitocôndria, além de ser a principal responsável pela produção energética da célula, também é a maior produtora de espécies reativas de oxigênio (ROS) do organismo, incluindo o ânion superóxido (O2-), o radical hidroxila (OH-) e o peróxido de hidrogênio (H2O2).

As espécies reativas do oxigênio são moléculas instáveis e extremamente reativas capazes de transformar outras moléculas com as quais colidem. As ROS são geradas em grande quantidade durante o estresse oxidativo, condição em que são afetadas moléculas como proteínas, carboidratos, lipídeos e ácido nucleicos. O superóxido é ativamente produzido como uma molécula de sinalização ou como uma “arma” contra microorganismos invasores (Rinnerthaler, M., et al, 20151).

A epiderme, a derme e a rede vascular são afetadas de forma diferente pelo envelhecimento da pele. 1) A espessura da epiderme é reduzida e as papilas dérmicas se achatam com a idade. Acúmulo de espécies reativas de oxigênio (ROS) em tecidos envelhecidos levam a uma ruptura da diferenciação dos queratinócitos e da barreira epidérmica que se torna mais permeável à água e infecções microbianas; 2) Na derme, o acúmulo de ROS e metaloproteases de matriz (MMPs) leva à desorganização das redes de colágeno e fibras elásticas. Além disso, muitos fibroblastos entram na senescência e secretam SASPs (fenótipo secretor associado à senescência) que participam da propagação do envelhecimento no tecido; 3) O tamanho dos vasos sanguíneos, bem como o seu número, são reduzidos na pele envelhecida em comparação com a pele jovem. Além disso, há um defeito na vasodilatação do vaso diretamente relacionado a um distúrbio da via do óxido nítrico (NO), bem como uma superexpressão de um fator hiperpolarizante derivado do endotélio (EDHF) (Boisman, F. et al, 20202).

Esse estado específico permite que as células saiam do ciclo celular para não transmitir mutações para a próxima geração. Mas as células senescentes resistem à apoptose, permanecem metabolicamente ativas e têm seu próprio secretoma, chamado SASP (fenótipo secretor associado à senescência), que afetará seu ambiente (Boisman, F. et al, 20202).

Com o envelhecimento intrínseco, a pele afina e enfraquece à medida que a derme atrofia devido a alterações relacionadas à deterioração desses componentes. A taxa de degradação do colágeno aumenta, enquanto a taxa de síntese de colágeno diminui. Aos 40 a 50 anos de idade, a biossíntese de elastina começa a diminuir acentuadamente e a elastina é perdida por degradação natural.

A pele perde elasticidade à medida que a rede de fibras elásticas se desintegra, e a água é perdida à medida que os glicosaminoglicanos higroscópicos se degradam. Na pele extrinsecamente envelhecida, esses mesmos componentes da derme são afetados, mas de maneiras ligeiramente diferentes e em maior extensão. Além do aumento da degradação do colágeno e diminuição da produção de colágeno, as fibras de colágeno na pele extrinsecamente envelhecida tornam-se desorganizadas, o que prejudica ainda mais a integridade estrutural da derme. Os glicosaminoglicanos aumentam em vez de se degradarem, mas acumulam-se em agregados desorganizados e tornam-se incapazes de regular a hidratação, fazendo com que a pele pareça coriácea (textura de couro). O efeito mais profundo do envelhecimento facial extrínseco ocorre com a elastina e é denominado elastose solar (Swift, A. et al, 202110).

Devido ao declínio do número de fibroblastos com o aumento da idade, a síntese de colágeno e elastina é subsequentemente reduzida e as fibras de colágeno são mais finas com densidade reduzida. Além disso, a degradação do colágeno e das fibras elásticas é aumentada pela ativação de metaloproteinases (MMPs) através da radiação UV e do fumo etc., e as calcificações estimulam a degeneração das fibras de elastina. As fibras de colágeno degeneradas perdem sua formação de reticulação que estabiliza a estrutura da pele e se acumulam em feixes desorganizados, e o colágeno degenerado subsequentemente parece basofílico. Devido a alterações estruturais moleculares do colágeno, sua integridade e função são prejudicadas, e a força e resistência da pele são reduzidas. Foi demonstrado que a vitamina A e a umidade reduzem os danos ao colágeno (Zargaran, D. et al, 202216).

De acordo com Rinnerthaler, M., et al, 20151, o envelhecimento intrínseco é descrito como resultado de fatores genéticos e alterações corporais que ocorrem/aparecem durante o processo normal de envelhecimento, enquanto o envelhecimento extrínseco se concentra no processo de envelhecimento acelerado por influências ambientais. Foi proposto que apenas três por cento de todos os fatores de envelhecimento têm origem genética. O envelhecimento leva a um afinamento das camadas epidérmicas e dérmicas da pele. A pele também perde sensibilidade devido à diminuição da produção de hormônios sexuais e diminuição do número de terminações nervosas. Além disso a pele fica mais seca e perde gradativamente a função de servir como primeira barreira contra o meio ambiente. Em contraste, focando no envelhecimento extrínseco, parece que a pele fica mais espessa e muda completamente sua composição. Envelhecimento extrínseco é sinônimo de fotoenvelhecimento, pois a radiação UV tem consequências graves para a pele exposta. No entanto, existem muitos outros fatores ambientais que influenciam o envelhecimento da pele.

Monteiro e Silva, S.A. et al17 em seus estudos mostraram que o envelhecimento é uma série de alterações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis, acompanhadas de uma alteração no funcionamento normal do corpo. O envelhecimento intrínseco é caracterizado pela diminuição da capacidade funcional, aumento da suscetibilidade a certas doenças e estresses ambientais e é sofrido por todos os tecidos. As alterações mais perceptíveis na pele são flacidez, linhas finas, aprofundamento das rugas e ressecamento.
Por outro lado, o chamado envelhecimento extrínseco é resultado da ação de muitos fatores ambientais, como a exposição crônica ao sol e a poluição. O aspecto da pele pode variar entre os indivíduos, sendo dependente do grau de melanização, da predisposição individual, frequência e duração da exposição aos raios UV ao longo da vida. Como resultado, há espessamento e ressecamento da pele, formação de rugas profundas, melanoses, telangiectasias e outras lesões benignas, pré-malignas e malignas. É interessante notar que enquanto o envelhecimento intrínseco é percebido na área com alguma exposição à radiação, o extrínseco é evidentemente altamente exposto, como face, pescoço, braços, antebraços e mãos (Monteiro e Silva, S.A., 201717).

Considerando a predisposição genética, as mudanças que ocorrem na pele ao longo do tempo estão mais relacionadas à interação da pele com o meio ambiente do que a essa predisposição.

A pele exposta aos raios UV pode ter alterações morfológicas semelhantes a feridas na derme. Rugas profundas, frouxidão, aspereza, palidez, aumento da fragilidade, alterações pigmentares, telangiectasias, cicatrização de feridas prejudicada e crescimentos benignos e malignos são características importantes da pele exposta aos raios UV. A pele fotoenvelhecida geralmente demonstra irregularidades no tecido conjuntivo dérmico (Zargaran, D. et al, 202216).

A radiação ultravioleta leva especialmente à gênese de ROS que, por sua vez, são os principais contribuintes para o envelhecimento da pele (Rinnerthaler, M., et al, 20151).

Em seus estudos Rinnerthaler, M., et al, 20151, relatam que a exposição sustentada aos raios UV leva a uma maior extensão da oxidação de proteínas. Este aumento da oxidação de proteínas também foi relatado em tecidos envelhecidos e células senescentes. Uma razão para a alta quantidade de dano oxidativo em células velhas é que elas foram expostas a uma infinidade de estressores e acumularam danos oxidativos ao DNA, proteínas e lipídios. Esse acúmulo de DNA, proteínas e lipídios danificados por oxidação, por sua vez, resulta em uma produção aumentada de ROS, levando a um ciclo de feedback negativo.

Em comparação com a porção de luz azul da luz solar natural, a luz azul de dispositivos artificiais, como tablets e smartphones, tem uma irradiância significativamente menor e não parece contribuir para a pigmentação da pele (Krutmann, J. et al, 202012).

Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514, citam em diversos tópicos explicações do processo de envelhecimento da pele. No que diz respeito à glicação os Autores identificaram que a glicação parece ocorrer em locais moleculares aleatórios e geralmente resulta na inibição da capacidade de funcionamento da molécula alvo. O aumento do acúmulo de AGEs (produtos finais de glicação avançada) deve ser definido como níveis elevados para todos os grupos demográficos. Isso se estende ao envelhecimento da pele, pois os métodos de detecção de AGE, como a imunocoloração, demonstraram a prevalência da glicação na pele envelhecida. A glicação resulta em alterações estruturais, morfológicas e funcionais características da pele, um processo coloquialmente conhecido como “sag do açúcar”. Com a glicose e a frutose desempenhando um papel tão importante no mecanismo, não é surpreendente que a dieta desempenhe um papel crítico na glicação e, portanto, no envelhecimento da pele.

Os AGEs acumulam-se em vários tecidos em função e também como marcador da idade cronológica. Proteínas com taxas de renovação lentas, como o colágeno, são especialmente suscetíveis à modificação por glicação. O colágeno na pele, de fato, tem uma meia-vida de aproximadamente 15 anos e, portanto, pode sofrer um aumento de até 50% na glicação ao longo da vida de um indivíduo (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

O AGE mais prevalente no corpo humano, incluindo a pele, é a carboximetillisina (CML). Na pele, a CML é encontrada na epiderme normal, na derme envelhecida e diabética e na elastose actínica fotoenvelhecida (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

Sendo o alimento a fonte de monossacarídeos que catalisam a produção de AGEs (produtos finais da glicação avançada), quando em grandes quantidades, o alimento também e responsável pela formação de AGEs pré-formados. Os AGEs pré-formados são absorvidos pelo intestino com aproximadamente 30% de eficiência. Eles podem então entrar na circulação, onde podem induzir reticulação de proteínas, inflamação e estresse oxidativo intracelular. O resultado final é a amplificação de um “ciclo vicioso” semelhante, que pode ser tão prejudicial quanto o consumo excessivo de açúcar na dieta. Curiosamente, os AGEs pré-formados resultam em grande parte da síntese exógena mediada pelo processo de cozimento dos alimentos. Os métodos de grelhar, fritar e assar são conhecidos por produzir níveis mais altos de AGEs nos alimentos. Em contraste, os métodos de preparação à base de água, como fervura e vapor, produzem uma quantidade logaritmicamente menor de AGEs (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

De interesse, acredita-se que várias ervas e especiarias culinárias sejam capazes de inibir a produção endógena de AGEs (especificamente a glicação induzida por frutose). Estes incluem canela, cravo, orégano e pimenta da Jamaica. Outros compostos dietéticos que foram associados à inibição da formação de AGE com base em dados in vitro e modelos animais preliminares incluem gengibre, alho, ácido α-lipóico, carnitina, taurina, carnosina, flavonóides (por exemplo, catequinas do chá verde), benfotiamina, α -tocoferol, niacinamida, piridoxal, selenito de sódio, levedura de selênio, riboflavina, zinco e manganês. A indústria cosmecêutica tomou conhecimento desses dados, e vários lançaram recentemente produtos tópicos contendo carnosina e ácido α-lipóico, com alegações relacionadas à formação de anti-AGE (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

Uma vez que a glicação é acelerada na presença de espécies reativas de oxigênio, os antioxidantes devem, teoricamente, ser eficazes em limitar a produção de novos AGEs. Eles também podem afetar o dano tecidual induzido pelo AGE. Um estudo intrigante analisou os efeitos do antioxidante resveratrol. Popularmente conhecido por sua abundância no vinho tinto, o resveratrol é um fenol natural produzido por várias plantas em resposta a lesões e é encontrado na casca de uvas, mirtilos, framboesas e amoras. Em um estudo, o resveratrol inibiu a proliferação induzida por AGE e a atividade de síntese de colágeno em células musculares lisas vasculares pertencentes a ratos propensos a derrames (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

A conscientização sobre o impacto crítico da formação de AGE em diabéticos e não diabéticos deve ser estendida a todos os pacientes, independentemente de seu estado de saúde atual. Essa tarefa começa com os médicos. O aconselhamento dietético deve ser incorporado em nossas interações regulares com os pacientes, juntamente com discussões essenciais sobre proteção UV e evitar o tabaco. Afinal, esses são os três fatores de envelhecimento exógeno mais importantes conhecidos. Seu agrupamento comum reflete sua natureza interconectada e sua ação conjunta para perturbar a homeostase (Nguyen, H.P. e Katta, R., 201514).

De acordo com Boismal, F. et al, 20202, a nutrição pode desempenhar um papel protetor no envelhecimento se for equilibrada, rica em vitaminas e antioxidantes. Por outro lado, fatores psicológicos, estresse e falta de sono também aceleram o envelhecimento da pele. A redução da ingestão de energia ao longo do dia, por exemplo, pular uma refeição (jejum intermitente) ou comer menos a cada refeição (com redução de 20% nas calorias), parece ajudar a aumentar a expectativa de vida e manter a aparência da pele. Esse efeito da restrição calórica na longevidade pode ser devido, em particular, à redução do estresse oxidativo, à manutenção da integridade das membranas celulares, à ativação do gene SIRT1 (que codifica a sirtuína 1) e à ativação da autofagia.

No que diz respeito aos processos de envelhecimento lento na pele e no tecido adiposo adjacente, existem três modificações morfológicas distintas no envelhecimento: uma redução moderada da espessura dérmica, uma expansão significativa do tecido adiposo branco dérmico (dWAT) localizado na interface entre a derme-subcutâneo e uma diminuição pronunciada do tecido adiposo branco subcutâneo (sWAT). A redução da espessura dérmica e a expansão simultânea do dWAT devem ser consideradas como processos recíprocos, uma vez que a derme e o dWAT apresentam duas camadas diferentes da mesma estrutura anatômica. Notavelmente, as camadas dWAT e sWAT demonstram comportamentos opostos no envelhecimento cronológico, o que pode estar, entre outras razões, ligado ao fato de que os adipócitos dérmicos que constituem o dWAT estão criticamente envolvidos na homeostase da pele e têm um fenótipo muito distinto que difere significativamente dos clássicos adipócitos brancos carregados de lipídios (Kruglikov,I.L., et al, 20215).

O dWAT está envolvido em processos fisiologicamente distintos, como a ciclagem dos folículos pilosos (HF), cicatrização de feridas, regulação homeostática da temperatura da pele, proteção da pele contra infecções e fibrose cutânea. Além disso, foi levantada a hipótese de que os adipócitos dérmicos podem estar envolvidos nos efeitos a longo prazo de preenchimentos de tecidos moles, hiperpigmentação da pele, desenvolvimento de cicatrizes hipertróficas e pelo menos algumas eflorescências cutâneas. Razões importantes para tais propriedades multifuncionais incomuns dos adipócitos dérmicos são sua alta plasticidade e a capacidade de mudar seu fenótipo em um tempo muito curto. Existem fortes indícios de que a transição de adipócitos para células mesenquimais contribui substancialmente para o desenvolvimento de fibrose cutânea. Pode ser uma parte importante do envelhecimento extrínseco da pele, em que tanto a redução de dWAT quanto a substituição do volume de dWAT por estruturas fibróticas contribuem. Uma vez que o envelhecimento intrínseco (cronológico) da pele também está relacionado a uma redução progressiva da camada dWAT, não se pode excluir que uma transição adipócitos-miofibroblastos também esteja envolvida neste tipo de envelhecimento da pele. No futuro, isso pode tornar os adipócitos dérmicos novos alvos interessantes em estratégias antienvelhecimento (Kruglikov, I. L. e Scherer, P.E., 20165).

Considerando o índice de sebo, torna-se bem conhecido que o sebo diminui com a idade. Além disso, alguns estudos relataram que o índice de pH diminui com a idade; no entanto, foi demonstrado que o índice de pH da pele aumenta aos 50 anos de idade. Em um estudo conduzido por Kim et al., a menopausa foi determinada como a razão por trás desse fenômeno (Meng, H. et al, 20216).

Tsukahara e outros e Hillebrand et al7 relataram que os índices de rugosidade da pele estão positivamente relacionados com a idade. Tsukahara e outros mencionaram que os índices de rugosidade da pele são influenciados pela exposição solar e tabagismo (Meng, H. et al, 20216). Já Chaudhary, M. et al, 202011 apresentaram algumas abordagens atuais no antienvelhecimento da pele:

Controladores de células: Substâncias de nutrientes A, polipeptídeos e outros vegetais acompanham a digestão do colágeno e auxiliam no processo de colágeno e filamentos flexíveis que podem antecipar o amadurecimento da pele.

POLIPEPTÍDEOS OU OLIGOPEPTÍDEOS: Quando aplicados topicamente, polipeptídeos e aminoácidos são úteis na formação de colágeno e elastina que auxilia na redução de rugas.

PLASMA AUTÓLOGO RICO EM PLAQUETAS (PRP): O PRP é obtido do sangue total contendo uma alta centralização de plaquetas ao lado de vários GF, incluindo Fator de Desenvolvimento Determinado por Plaquetas (PDGF), Fator de Desenvolvimento Endotelial Vascular (VEGF), Fator de Desenvolvimento Mutável (TGF) e Fator de Desenvolvimento semelhante à insulina ( IGF) que são descarregados dos grânulos α de plaquetas concentradas iniciadas por indutores de coleta que são capazes de controlar os procedimentos, incluindo movimento celular, conexão, expansão e separação, e agregação avançada da rede extracelular por receptores de superfície celular. O PRP pode instigar a união do colágeno e outras partes da rede, animando a atuação dos fibroblastos e, posteriormente, restaurando a pele.

TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL: À medida que o amadurecimento da pele aparece, ele provoca um declínio em certos hormônios importantes para a pele, assim como o crescimento de todo o corpo, como hormônio do crescimento (GH), fator de desenvolvimento semelhante à insulina-1 (IGF-1), melatonina (noturno), TSH, hormônios tireoidianos (T3), dehidroepiandrosterona (DHEA) (estrutura sulfatada e seus 17-ceto-metabólitos urinários), estrogênios e testosterona. A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), estrogênio e progesterona em conjunto não são hostis aos impactos do amadurecimento.

Concluindo…

A revisão dos artigos citados mostra a concordância entre os Autores dos fatores que causam o envelhecimento da pele. Este processo é o mais temido na HOF, tornando a procura pela jovialidade um desafio para os pesquisadores na busca de tratamentos que reprimam o envelhecimento. Esta revisão auxilia estes pesquisadores no aperfeiçoamento e descoberta de tratamentos que retardam o processo do envelhecimento da pele.


 

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Publicado por:
Mestre em Medicina/Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Prótese Dentária, Prótese Bucomaxilofacial e em Harmonização Orofacial. Coordenador de cursos em Implantodontia e Harmonização Orofacial do Instituto Velasco, Diretor do Hospital da Face. Trabalha desde 2011 em harmonização facial.